domingo, 18 de setembro de 2011

A produção acucareira na colônia sergipana

Como bem foi discutido em sala de aula a produção de açúcar em Sergipe está vinculada a fatos que aconteceram fora Brasil, a exemplo disso, foi o aumento do consumo do açúcar no café, cacau e chá, no início do século XIX. A desorganização da produção açucareira em regiões tradicionalmente cultivadas, também favoreceu a produção açucareira na colônia sergipana. A região da Cotinguiba tinha um solo bastante fértil e propício ao cultivo da cana-de-açúcar. Influenciada também pelo clima da região, pela facilidade dos transportes de navegações em seu rios e afluentes, a produção canavieira em Sergipe se desenvolveu, crescendo significativamente o número de seus engenhos, gerando um grande crescimento econômico para a região.

domingo, 4 de setembro de 2011

São Cristóvão vista do céu

Centro Histórico da cidade de São Cristóvão


                           Foto: Márcio Dantas

Em 1657, os franciscanos chegaram à cidade e proporcionaram a São Cristóvão o mais expressivo Conjunto arquitetônico remanescente da cidade - a Praça São Francisco. Os limites da praça são definidos pela Igreja, Convento de São Francisco e a Capela da Ordem Terceira (hoje Museu de Arte Sacra), que datam de 1693, e pela Santa Casa e Igreja de Misericórdia, o Palácio Provincial e o casario antigo. Edificada no período em que o Brasil esteve sob duas coroas, a praça guarda características que a tornam singular, única no processo de conquista e formação do território brasileiro.
http://www.infonet.com.br/cultura/ler.asp?id=91769

A importância dos núcleos de povoamento na expansão da colonização sergipana

Ao estudarmos o período colonial da Província Sergipana, notamos que a historiografia clássica, diferenciava a colonização da América portuguesa da espanhola. Historiadores brasileiros afirmam que no domínio espanhol a vida urbana era intensa e no português, vivia-se sob um total “desleixo”, como percebeu Sergio Buarque de Holanda, em “O Semeador e o Ladrilhador”, revelando o descuido dos portugueses pelos núcleos de povoamento na América portuguesa. A historiografia clássica também nos revela que os núcleos de povoamento foram essenciais para expandir a cristandade no interior do Brasil, segundo Raminelli a força simbólica da cidade colonial era um dos esteios da dominação portuguesa. As Igrejas, sedes paroquiais, conventos, cruzeiros e os espaços reservados na frente das igrejas, ocupavam enormes áreas e se apresentavam como visíveis de longas distâncias. “Eram peças importantes na encenação promovida pela Igreja, pois reafirmava diariamente o contato entre o sagrado e os homens”. (1992:172).

Sergipe D'el-Rei, por Gregório de Matos

Descrição da Cidade de Sergipe D'el-Rei

Três dúzias de casebres remendados,
Seis becos, de mentrastos entupidos,
Quinze soldados, rotos e despidos,
Doze porcos na praça bem criados.

Dois conventos, seis frades, três letrados,
Um juiz, com bigodes, sem ouvidos,
Três presos de piolhos carcomidos,
Por comer dois meirinhos esfaimados.

As damas com sapatos de baeta,
Palmilha de tamanca como frade,
Saia de chita, cinta de raqueta.

O feijão, que só faz ventosidade
Farinha de pipoca, pão que greta,
De Sergipe d'El-Rei esta é a cidade.

Gregório de Mattos