Texto: Arnaldo Pinto Júnior
Produzir conhecimento em sala de aula não é tarefa fácil, principalmente quando nos deparamos com inúmeras amarras didáticas, dentre elas a burocratização do sistema educacional brasileiro, aliado a paradigmas impostos pelas elites, na tentativa de implantação da cultura europeia.
O autor vem de forma clara e objetiva criticar esse modelo e sugerir alternativas, discutindo as potencialidades da história local tendo como elemento motivador de estudos, a pesquisa. Para ele, no trabalho de pesquisa ou de elaboração de documentos históricos, o aluno, fazendo análises dessa documentação tem condições de reconhecer, valorizar e problematizar suas raízes familiares, sociais, politicas, culturais, em seu tempo e espaço, compreendendo as relações entre o presente e o passado, além de destruir visões homogeneizadas.
Pinto Junior destaca o aproveitamento das “experiências vividas”, como fundamental para a recuperação das memórias locais, problematizando o passado, questionando os documentos, colocando à prova o conjunto de informações de origem institucional, jornalística, publicitaria, politica sobre a indústria na cidade, os alunos poderiam confronta-las com as suscitadas na pesquisa de campo, procurando levantar as memórias de pessoas que vivem na cidade, cruzando as evidências e produzindo novos saberes.
O aluno seria produtor de conhecimento histórico, valorizando suas identidades e resgatando no passado “experiências vividas”, ampliando suas reflexões históricas e recuperando suas memorias coletivas, valorizando os sujeitos históricos e favorecendo o processo ensino e aprendizagem dentro e fora da escola.
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